O Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu, nesta quarta-feira (23), a exposição Her rights! Money, power, autonomy (Direitos dela! Dinheiro, poder, autonomia). Organizada pelo Instituto Sueco em parceria com a embaixada da Suécia no Brasil, a mostra trata da evolução histórica das conquistas femininas – especialmente da independência econômica.
Ao inaugurar a exposição, a presidente da corte, ministra Maria Thereza de Assis Moura, destacou que ela educa sobre um tema de relevante interesse contemporâneo: a equidade de gênero. A magistrada ressaltou que a temática da mostra figura entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, que, visando a garantia da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, propõe, ao lado de outras ações igualmente relevantes, a realização de reformas para dar a elas direitos iguais em relação aos recursos econômicos.
"Nessa perspectiva, cumpre ao Superior Tribunal de Justiça – assim como a todos os órgãos do Poder Judiciário – o manejo de ações concretas visando assegurar, sob as lentes de gênero, o oferecimento de condições igualitárias de trabalho à mulher", declarou.
Segundo a presidente do STJ, a exposição reafirma a ideia de que só será possível alcançar a igualdade de gênero com o necessário engajamento e o protagonismo das mulheres como agentes da história, trazendo consigo suas dores e suas lutas em prol dos direitos humanos.
A embaixadora da Suécia no Brasil, Karin Wallensteen, apontou que o fio condutor da exposição é a noção de que a igualdade de gênero não acontecerá espontaneamente. Para a embaixadora, as mudanças decorrem das demandas por direitos humanos encaminhadas por ativistas e feministas.
Karin Wallensteen afirmou que a igualdade de gênero e os direitos das mulheres não diminuem os direitos e as possibilidades dos homens; em vez disso, promovem direitos para toda a sociedade. Segundo a embaixadora, está comprovado que a igualdade de gênero é um fator positivo para o crescimento econômico dos países.
"Então, a igualdade de gênero é uma relação em que todos saem vitoriosos. Para alcançar a igualdade de gênero, é importante a participação tanto de homens quanto de mulheres. Eu acredito que esta exposição é um reflexo disso", concluiu.
Formada por 22 painéis com temas relacionados a empoderamento feminino, autonomia nas decisões e independência financeira, a exposição poderá ser visitada até 9 de dezembro, na Praça do Servidor, na sede do STJ.
Os painéis mostram, de forma cronológica, desde 1792 até os dias atuais, a conquista dos direitos das mulheres, na Suécia e ao redor do mundo, e a importância do empoderamento econômico feminino para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Na sexta-feira, 25 de novembro, dia dedicado à luta internacional pelo fim da violência contra a mulher, a embaixada sueca realizará em seu canal no YouTube, às 10h, uma mesa-redonda sobre empoderamento econômico feminino. Entre outras pessoas, o debate reunirá a empresária Luiza Trajano, presidente do grupo Magazine Luiza; a deputada federal Áurea Carolina e a juíza Rejane Jungbluth, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).