O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu pela primeira vez um grupo de diplomatas formado exclusivamente por mulheres. O encontro, que ocorreu nesta terça-feira (5), foi uma promoção conjunta com a Embaixada da Suécia, na semana do Dia Internacional da Mulher. A presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, chamou as convidadas a celebrarem as conquistas das mulheres e fortalecerem a cooperação entre as nações para que sejam criados ambientes mais inclusivos e acolhedores, sem distinções.
Referindo-se à equidade de gênero, a presidente destacou que "o STJ está empenhado nesta missão", apesar de as ministras ainda serem minoria entre os magistrados – dos atuais 31 ministros da Corte, apenas cinco são mulheres. "O caminho é longo, mas garanto a todas que o Superior Tribunal de Justiça, conhecido no Brasil como o Tribunal da Cidadania, cumprirá sua vocação, afirmando, sem margem para retrocessos, os direitos mais ##elementares## de todos e todas", declarou.
Compareceram ao encontro embaixadoras de 22 países e da União Europeia, e a ministra do STJ Nancy Andrighi. A embaixadora da Suécia, Karin Wallensteen, destacou a relevância de cortes de justiça seguirem independentes para o sucesso da implementação de direitos. Ela lembrou o papel que o STJ assumiu no apoio a minorias, entre as quais as pessoas LGBT+, tornando o tribunal um exemplo para o mundo.
A embaixadora referiu-se aos atentados de 8 de janeiro do ano passado ao apontar o Brasil como um país em evidência no fortalecimento das instituições e da independência do sistema de Justiça, "em um mundo em que a democracia está em declínio e o autoritarismo está em ascensão", concluiu a diplomata.