A 29ª edição de Arte no Tribunal apresenta mais uma obra notável que enriquece o acervo artístico do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contribuindo para a valorização do patrimônio do tribunal. Trata-se da obra Fachada, do renomado artista Alfredo Volpi, localizada no gabinete do ministro Afrânio Vilela.
A gravura é uma reprodução da pintura original da década de 1950, quando Volpi entrou em sua fase do abstracionismo geométrico, na qual pintou diversas séries denominadas: Bandeirinhas, Fachadas e Ampulhetas. As fachadas de casas pintadas por Volpi representavam a arte urbana com cores vibrantes e formas arquitetônicas simples.
Incorporada ao acervo artístico cultural do STJ em 1991, esta obra é a número 194 de uma série de 200 gravuras.
Alfredo Volpi foi um pintor ítalo-brasileiro, considerado um dos maiores pintores da segunda geração da arte moderna brasileira. Suas pinturas são caracterizadas por casarios e bandeirinhas coloridas.
Natural de Lucca, na Itália, o pintor se mudou com os pais para São Paulo em 1987 e iniciou sua carreira como pintor decorador em 1911. Influenciado pela arte italiana da década de 1920, retratou paisagens de cunho realista, pintando vistas dos bairros pobres da capital paulista ou de cidades do interior de Santos. A partir de 1950, a obra de Volpi começou gradativamente a caminhar para a abstração.
O artista começou a pintar suas famosas bandeirinhas, que se tornaram sua marca registrada. Essas obras apresentavam uma interpretação abstrata das bandeiras de festas populares, como as festas juninas, usando formas geométricas simples e muitas cores.
Sua habilidade em capturar a essência da cultura brasileira e transformá-la em arte abstrata fez dele um dos artistas mais influentes do nosso país.
O Espaço Cultural STJ, criado em 2001, já abrigou mais de 170 exposições temporárias. Ao longo de sua trajetória, tornou-se referência como ambiente inovador e amplamente visitado pelos servidores da corte e pelo público apreciador das artes visuais.
O acervo de obras de arte do tribunal conta com centenas de peças de renomados artistas das mais diversas regiões do Brasil e do exterior. A coleção é o resultado de doações dos artistas, em contrapartida ao uso da galeria, cujas exposições se realizam mediante processo seletivo regido por edital público. As obras doadas estão distribuídas nos ambientes de trabalho das diversas unidades do STJ, onde podem ser apreciadas por servidores e visitantes.