Usina Solar do STJ gera economia e reforça compromisso com sustentabilidade
19/04/2024 07:35
 
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18/04/2024 17:09

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Quase três mil megawatts-hora (MWh), o equivalente ao consumo de 2.200 residências. Essa foi a produção de energia elétrica da usina solar fotovoltaica do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao longo dos últimos meses. Localizada a cerca de 50 km da sede do tribunal, em Brasília, a usina foi inaugurada em 2022 para reduzir os custos do STJ com energia elétrica e reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade. A iniciativa é fruto do projeto estratégico "Adoção de novo padrão energético, com prioridade para a energia solar".

    
       A redução nas emissões de CO2 devido à energia gerada pela usina solar do STJ ultrapassou mil toneladas entre junho de 2023 e fevereiro de 2024.


Em atividade desde junho de 2023, a usina tem cerca de sete mil painéis solares trabalhando para gerar energia limpa. Jader Oliveira, engenheiro eletricista responsável pela usina, explicou como funciona o serviço: "A energia solar captada pelas placas é transformada e injetada na rede de distribuição da concessionária, gerando créditos de energia que podem ser compensados na fatura em até cinco anos por qualquer unidade consumidora vinculada ao STJ".

De acordo com Vítor Augusto Mota, chefe da Seção de Eletroeletrônica da corte, a energia gerada entre junho de 2023 e fevereiro de 2024 foi equivalente a 45% do consumo do STJ no período e correspondeu a uma economia de aproximadamente R$ 400 mil. Esse, porém, não é o único aspecto relevante: no mesmo período, a redução nas emissões de CO2 devido à energia gerada pela usina foi superior a mil toneladas, considerando os fatores oficiais de emissão de CO2 do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Economia pode chegar a R$ 1 milhão por ano

A locação do sistema de geração de energia ocorreu mediante a contratação da empresa Soliker Energia e não gerou nenhum custo ao tribunal, além do próprio aluguel do sistema – que é inferior ao benefício gerado. O contrato é válido, inicialmente, por 15 anos, podendo ser renovado por mais dez a critério das partes.

Vítor Mota apontou que os primeiros meses (fase de ajustes) e os últimos meses chuvosos impactaram a geração de energia do sistema e ressaltou que uma análise completa de performance somente será possível após 12 meses de pleno funcionamento da usina. Ainda assim, mesmo considerando as oscilações climáticas, o gestor estima que, até o final do contrato, haja uma economia de pelo menos R$ 1 milhão ao ano nas despesas do STJ com energia elétrica.

Edvaldo Queiroz, fiscal do contrato com o consórcio, explicou que a usina foi dimensionada para operar a uma capacidade de geração de 3 MW, equivalente ao limite estabelecido nas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não cabendo, portanto, ampliação. Segundo ele, a quantidade de energia gerada pelo sistema é tal que o objetivo do tribunal não é buscar formas de aumentar a produção de energia, mas sim procurar reduzir o consumo.

O pioneirismo do STJ na administração pública federal direta, ao conceber e implementar o projeto, tem repercutido. O Conselho da Justiça Federal (CJF) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por exemplo, já entraram em contato com a unidade responsável no tribunal para pedir informações e planejar aquisição semelhante.